sexta-feira, 9 de maio de 2008
Ensaio de tranquilidade
Olá, pessoas. =)
Hoje eu tomei dois ótimos banhos de chuva. Também encontrei, por acaso, uma pessoa que não via há anos. Sempre que encontro a velha turma, normalmente mudada, diferente daquilo que elas imaginavam, me recordo da obra de arte que é Kimi ga nozomu eien.
Enquanto ela ia embora e eu comia uma pizza grande sabor muzzarela(sozinho! =P), pensei em escrever algo aqui sobre Schopenhauer. Algo sobre vontade de poder. Mas não algo nietzschiano a esse respeito.
Porém, o dia foi passando. Passando. Eu esqueci Schopenhauer e suas idéias por enquanto. depois organizo um post decente.
Hoje eu também reencontrei, não por acaso, um grande amigo. Fiquei feliz em vê-lo depois de tanto tempo. Conversamos pouco, mas o suficiente para me incentivar a postar algo aqui. A questão, como estava conversando com Flor agora a pouco, é se as pessoas já pensaram o quanto elas se preocupam com o tempo. Falava sobre isso indiretamente com o meu amigo, Erick. Lembro que iniciei um curso de teoria musical, mas larguei por várias razões. Agora eu tenho a oportunidade de realizar um trabalho aí. Estou tranquilo. Já quis ser músico, filósofo, sociólogo e escritor. Tudo num fôlego só. Tudo isso ao mesmo tempo. Eu estava tentando explicar a ele que não desisti da música. Que meu coração, em relação às coisas que quero fazer, está agora mais tranquilo. Eu não preciso fazer tudo ao mesmo tempo. Aí, me disseram: "E você vai deixar coisas da sua vida pendentes? Vai deixar de investir nisto ou naquilo? Como pode? E se você morresse amanhã?"
A verdade é, que se eu morrer amanhã, o que importa? Ainda assim não teria feito nada. Não tenho mais o entusiasmo de engolir, de controlar o tempo, de fazer tudo num segundo e depois...
Decidi me dedicar aos estudos em ciências sociais por enquanto. Mas, o mais importante do post não são minhas escolhas, que servem apenas para ilustrar a idéia. O que importa mesmo é uma noção de tempo menos apressada ou frenética. Posso parecer um velho falando essas coisas, mas, se pensamos na finitude breve da vida, por que não pensar antes na sua continuidade? Posso ter mais uns 40,50 anos de vida. Com esse tempo, posso fazer muita, muita coisa. Assim, é mais fácil fazer pequenos planos, traçar pequenas metas. O quanto não se deixa de dormir pensando na insônia?O quanto não se deixa de viver...? Isso me lembra Bergson e também as coisas de fenomenologia que li. Isso não é um "carpe diem", eu acho. Isso é, pra mim, uma espécie de calma e paciência. Acreditando no dia que virá. Fazendo as coisas acontecerem.
Que todos fiquem tranquilos =]
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10 comentários:
Amigo, quem quer fazer muitas coisas ao mesmo tempo, acaba fazendo td de forma medíocre... Mas eu acho que esse comentário é lugar-comum e vc jah deve saber disso. Tbm recomendo a pratica do Yoga, ajuda a focar-se no PRESENTE...
Talvez tenhamos vidas futuras, com outros nomes, outros corpos e em novos contextos. Aí quem sabe, podemos ser td o q quereriamos poder ser. Bom até agora só conheco um cara bom, que foi td o q imaginou e mto mais, Leonardo da Vinci.
Beijao!
Lu Mion
"E você vai deixar coisas da sua vida pendentes? Vai deixar de investir nisto ou naquilo? Como pode? E se você morresse amanhã?"
Não vejo q suas escolha de agora deixaria sua vida pendente. E se vc morresse amanhã, fazendo as coisas de cada vez e aproveitando o percurso de cada uma delas, aí sim (acho) q vc pode dizer q viveu.
'Isso não é um "carpe diem", eu acho.'Concordo. Pra mim é poder viver o agora, poder senti-lo verdadeiramente,não simplesmente 'aproveitar o dia', mas sim poder viver o momento presente genuinamente, sem se preocupar com o minuto seguinte e não permitir q isso interfira no agora, que acaba semdo o amanha ou até mesmo o ontem!!!
Então: braços, abraços e abraços e mais abraços...
=****
ps:afff sentimentos desordenados e cuspidos!!!!hehehehehe
bjoooo
Sentimentos lindos. ;D
Ah, Lu!!! ;D Brigado por aparecer por aqui. ;D Por trazer uma reflexão tbm. ^^
E, Flor, a gente tá conversando sobre isso há tanto tempo que eu nem sei mais o que falar! De tudo isso que a gente vivenciou, não vejo palavra que substitua um Abraço. Um Abraço. =)
É verdade!!! Nada como um abraço.Um bom abraço!!!
=****
Meu velho, (primeiro, me sinto na necessidade de dizer que estou comentando aqui ao som do seu sósia John Mayer ^.^' ) essa história de tempo é uma das maiores intrigas da humanidade, desde sempre...
Fiz um post sobre isso há bastante tempo, e re-postei ele há alguns dias...
Sabe, nesse tempo todo que o ser humano já perdeu brigando com o tempo, ele entendeu tudo errado, como de costume, apesar de ter quase entendido tudo certo, pra variar: só consegue realmente viver, viver de verdade, quem consegue controle sobre o tempo - essa parte as pessoas sabem -; mas o problema - que ninguém enxerga - é que controlar o tempo é justamente não controlá-lo...
Em outras palavras, pondo minha mania de analogias e alegorias pra falar as coisas, o tempo segue seu curso, tem seu ritmo... Não temos que vencer o tempo, porque o tempo faz parte de nós. Temos que seguir também, achar nosso próprio tempo, nosso ritmo, e ir embora.
Se você morrer amanhã ou daqui a 50anos não importa, porque não importa o que você poderia ter feito, mas o que você fez. Se existe isso de tempo desperdiçado, o que determina o desperdício é o que você fez, não o que você não fez. Se você morrer sem ter feito isso tudo que você disse querer fazer, te garanto que o que vai realmente importar pra você, quando olhar pra trás, vai ser tudo aquilo que você fez.
Falar que o presente é assim chamado porque é mesmo um presente, um privilégio, e, por isso, você deve vivê-lo, aproveitá-lo - e mais todo aquele papo de mensagem de auto-ajuda (nada contra =P ) - é até verdade, mas eu vejo a situação de uma maneira muito mais simples e objetiva: é preciso viver o presente e não o futuro porque o presente tá no caminho para o futuro. É querer dar o segundo passo e esquecer do primeiro.
Eu tô prolixo hoje, né? =P Mas é que eu já gastei tanta cabeça pensando nisso... Mas acho que finalmente, há um tempinho já, cheguei nesse ponto que você muito bem descreve como tranquilidade.
Como no meu post, cito Lenine: "o tempo acelera e pede pressa; eu me recuso, faço hora, vou na valsa... a vida é tão rara, tão rara..."
Sejamos quem somos felizes e valsando. Deixemos pra nos preocupar com quem seremos quando formos. ;P
Abraço tranquilo em você, doc ;P*
Hey =) fico feliz com a reflexão. E eu já li seu esse seu post, marquitos. ;D
Não tenho o que acrescentar alémdo que já está postado.
grande abraço pra você. =)
eu sempre perco o maior tempão pensando em como meu tempo deveria ser mais produtivo. pena eu não ter (só nesse caso, hein) essa alma aí de 55.6 anos de idade e conseguir dizer: tudo bem, uma coisa de cada vez. como é possível, por exemplo, escolher ser escritora? morrer de fome? se bem que jornalista também morre (de fome?). mas eu ainda acho que isso de você ficar largando os exercícios e recomeçando toda hora não é bom não. seu corpo só sente as pancadas de tempos em tempos, mas nunca entra no ritmo da vida saudável. te desafio a fazer seis meses ininterruptos de algum tipo de exercício físico! dedinho? fechado? se você conseguir eu te mando torresmo e cachaça (e o marcos!). hehe...
haha, misturei assunto de dois posts! :)
Nem torresmo nem cachaça. Vegetariano e sem beber. hahahaha =P
Exercício físico por seis meses é um sonho! Eu vou conseguir! lol
Voltar a treinar no fim do mês. ^^
Quebrar cocos! hahaha ^^'
Quase quebro minha mão em um na federal dia desses. =P Mas ainda consegui amassar ele um bocado lol
=)
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