terça-feira, 26 de maio de 2009

Faz tempo que a arte não me visita. Nem músicas que chegam no meio da madrugada, nem poesia, conto ou qualquer coisa assim. Minha cabeça anda meio cinzenta da monografia, das atividades de pesquisa e etc e tal. Angustia um pouco.
Vamos à uma coisa interessante:

XLV

Não estejas longe de mim um só dia, por que como,
porque, não sei dizê-lo; é comprido o dia,
e te estarei esperando como nas estações
quando em alguma parte dormitaram os trens.

Não te vás por uma hora por que então
nessa hora se juntam as gotas do desvelo
e talvez toda a fumaça que anda buscando casa
venha matar ainda meu coração perdido.

ai que não se quebrante tua silhueta na areia,
ai que não voem tuas pálpebras na ausência:
não te vás por um minuto, bem-amada,

porque nesse minuto terás ido tão longe
que eu cruzarei toda a terra perguntando
se voltarás ou se me deixarás morrendo.

P. Neruda.


Tudo isso por causa de uma saudadezinha, hein?
huheuihieauheaiuheihahh