"Hope in the face of our human distress/Helps us to understand the turbulence deep inside/That takes hold of our lives/Shame and disgrace over mental unrest/Keeps us from saving those we love/The grace within our hearts/And the sorrow in our souls/Deception of fame/Vengeance of war/Lives torn apart/Losing oneself/Spiraling down/Feeling the walls closing in/A journey to find/The answers inside/Our illusive mind."
"May your smile (may your smile)/Shine on (shine on)/Don’t be scared (don’t be scared)/Your destiny may keep you warm/Cause all of the stars/Are fading away/Just try not to worry/You’ll see them some day/Take what you need/And be on your way/And stop crying your heart out/Get up (get up)/Come on (come on)/Why’re you scared? (I’m not scared)/You’ll never change/What’s been and gone... We’re all of us stars/We’re fading away/Just try not to worry/You’ll see us some day/Just take what you need/And be on your way/And stop crying your heart out/Stop crying your heart out."
"Words can create an oblivion ocean.(...)When life is wearing thin we pray: the gods are close at hand when man is astray.(...)"
-------->"...Será que isso tudo fez-te acordar para perceber que não é só sonhar, e quem sabe agora merecer?..."
domingo, 29 de julho de 2007
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Já que vai sair do orkut... =P
"... Era uma menina com a farda do colégio da polícia militar. Saia azul chamativa, camisa azul-claro. Suas bochechas, quase cor de chocolate, estão manchadas de alguma maquiagem barata. A saia, meio rasgada na barra, denota o sinal de muito uso, ou de pouca farda. Por que uma menina tão bonita precisaria de maquiagem? ela, sentada nas últimas cadeiras do ônibus, bem do meu lado, passava no rosto aquele pó esbranquiçado de cheiro engraçado. De repente, o onibus freou e boa parte daquela massa espalhou-se sobre o azul da saia. Agora, a menina que espalhara tal massa nas bochechas, procura incessantemente limpar a saia rasgada da mancha mal-vinda. Curioso este fato, mesmo por que a resposta para tal problema deverá ser suposta com algo de sutileza;algo que qualquer criança seria capaz de responder: O lugar da maquiagem não é a saia. Lugar de maquiagem é no rosto. Claro, talvez lhes convenha esse pensamento, porém, que tal se nos esquecêssemos de alguns valores básicos? Não importando o valor da maquiagem, do rosto esbranquiçado, da saia rasgada; por que diabos uma garota suja o rosto com pó mas tenta limpar um objeto manchado por ele?..."
domingo, 22 de julho de 2007
O menino e o violão.
Eis que estava só. Por alguma razão, aquele deserto havia afastado a forma física de todos que ele amava. A areia em seus olhos, a tempestade que o mantinha ali, parado naquele lugar; nunca seria tão difícil deixar o deserto, a fome, o medo: a noite fria e incrédula; o dia quente e infernal. Por alguma razão, tivera que caminhar só. Talvez por um longo espaço tivesse que suportar bem para encontrar um oásis e seguir.
Numa dessas noites de solidão, resolveu tirar da mala aquele velho violão. Sofrendo, o menino que havia deixado sua casa em busca de um breve feixe de luz que irradia tudo, dedilhou nas cordas velhas do violão cheio de areia. Pôs-se a compor. E como era lindo o que ele tocava... As melodias, casadas pouco a pouco no espaço, emitiam as ondas dos mais puros sentimentos; aquilo penetrava na alma do menino como uma flecha indolor, o feixe. Percebeu que a saudade do amor que havia deixado, talvez por necessidade de mantê-lo vivo, estava estabelecendo o grande elo entre ele e ela. Compreendeu a saudade, respeitou a dúvida, afinal, era por demais incerto que ele sobrevivesse àquela jornada. A música entrava agora suave em seu coração, que lhe retribuia com as mais claras lágrimas: a dor de tudo simplemente o purificava. Tudo isso, naquele breve instante, fez o mesmo que o abraço e beijo de um grande amor: ela estava ali
Ela nunca foi embora. Nenhum dos oásis encontrados no caminho desapareceram por completo: tudo estava ali, dentro dele. Foi quando percebeu que ele era o oásis no meio daquele deserto. Então, repleto de plenitude, desrespeitando as regras impostas pelos pessimistas, levantou-se, derramou um gole de água naquela areia seca, desenhou um sorriso: pensou na dádiva de poder voltar para casa e receber o mesmo sentimento que a música lhe deu. Derramou a última lágrima, já de felicidade, por saber o quanto poderá ser doce reencontrar o seu amor. É certo que havia um grande deserto a se atravessar. É certo que a sobrevivência, a eternidade, para todos é impossível. Mas disso ele não sabia. Trilhou seu melhor caminho e, atravessando aquele deserto, sem saber que é o impossível, ele o fará.
"Hope in the face of our human distress/Helps us to understand the turbulence deep inside/That takes hold of our lives/Shame and disgrace over mental unrest/Keeps us from saving those we love/The grace within our hearts/And the sorrow in our souls/Deception of fame/Vengeance of war/Lives torn apart/Losing oneself/Spiraling down/Feeling the walls closing in/A journey to find/The answers inside/Our illusive mind." Dream Theater
;D
Numa dessas noites de solidão, resolveu tirar da mala aquele velho violão. Sofrendo, o menino que havia deixado sua casa em busca de um breve feixe de luz que irradia tudo, dedilhou nas cordas velhas do violão cheio de areia. Pôs-se a compor. E como era lindo o que ele tocava... As melodias, casadas pouco a pouco no espaço, emitiam as ondas dos mais puros sentimentos; aquilo penetrava na alma do menino como uma flecha indolor, o feixe. Percebeu que a saudade do amor que havia deixado, talvez por necessidade de mantê-lo vivo, estava estabelecendo o grande elo entre ele e ela. Compreendeu a saudade, respeitou a dúvida, afinal, era por demais incerto que ele sobrevivesse àquela jornada. A música entrava agora suave em seu coração, que lhe retribuia com as mais claras lágrimas: a dor de tudo simplemente o purificava. Tudo isso, naquele breve instante, fez o mesmo que o abraço e beijo de um grande amor: ela estava ali
Ela nunca foi embora. Nenhum dos oásis encontrados no caminho desapareceram por completo: tudo estava ali, dentro dele. Foi quando percebeu que ele era o oásis no meio daquele deserto. Então, repleto de plenitude, desrespeitando as regras impostas pelos pessimistas, levantou-se, derramou um gole de água naquela areia seca, desenhou um sorriso: pensou na dádiva de poder voltar para casa e receber o mesmo sentimento que a música lhe deu. Derramou a última lágrima, já de felicidade, por saber o quanto poderá ser doce reencontrar o seu amor. É certo que havia um grande deserto a se atravessar. É certo que a sobrevivência, a eternidade, para todos é impossível. Mas disso ele não sabia. Trilhou seu melhor caminho e, atravessando aquele deserto, sem saber que é o impossível, ele o fará.
"Hope in the face of our human distress/Helps us to understand the turbulence deep inside/That takes hold of our lives/Shame and disgrace over mental unrest/Keeps us from saving those we love/The grace within our hearts/And the sorrow in our souls/Deception of fame/Vengeance of war/Lives torn apart/Losing oneself/Spiraling down/Feeling the walls closing in/A journey to find/The answers inside/Our illusive mind." Dream Theater
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sexta-feira, 20 de julho de 2007
A história de Bob
Era uma vez um ratinho chamado Bob. Típico ratinho brasileiro: esperto, ágil, inteligente, sempre superando as adversidades. É certo que sua aparência o ajudava, pois este possuia alguns pêlos ruivos-legado da raíz de família européia. Graças a isso, seu pai, sua mãe e ele, filho único-sobrevivente-, eram respeitados na comunidade dos ratos. Embora o pai se queixasse a maior parte do tempo, falando como era boa a sua infância na Europa, e que ele nunca mais comeu queijo, que os ratos americanos são mais fortes por que o lixo de lá é melhor(enfim...), essa família de ratinhos vivia bem. A sociedade recifence, os canais pútridos, os esgotos antigos e as cheias de verão contribuiram para o bem estar dessa família. Bob, muito esperto, sabia tudo de canais e córregos. Se alimentava até mesmo dos peixinhos "guaru", quando decidia nadar um pouco nos córregos de brasília teimosa(ou formosa, como é conhecida hoje). Certo dia, Bob chegou em casa com uma namorada: Bela, uma ratinha muito bem composta e também descendente de estrangeiros. Viera de navio para recife e morava em boa viagem, por entre o jardim de flores leitosas e vívidas e o canal da rua por trás da avenida Domingos Ferreira. É certo que os dois, muito novos e espertos, curtiam as farras e as madrugadas; fato que não era bem visto pelo pai de Bela, o senhor Brown. Entretanto, eles saíam sempre que podiam e iam dormir na casa dos amigos pra fazer vocês-sabem-o-quê. Esses ratinhos hoje em dia estão cada vez mais desinibidos! Fazem sexo, bebem, usam drogas... Eis que, talvez por isso, o destino de Bob tenha sido tão cruel.
No mundo dos humanos, havia toda uma agitação em volta da campanha por uma cidade limpa. Certos animais contribuiriam para tanta sujeira e tanta doença. Entre as doenças, em especial, havia o pavor pela leptospirose: doença que se pode pegar através do contato com água contaminada por urina de rato. A efervescência da camapanha atingiria seu auge com a implantação de cartazes pelos ônibus e pontos de ônibus dizendo que era preciso combater a ferro e fogo a leptospirose. O cartaz tinha a foto de um rato enorme e horroroso e dizia: "Leptospirose. Isso precisa morrer". Graças a isso, começou a existir uma imensa perseguição aos ratos e, certo dia, desobedecendo sua mãe, Bob foi encontrar Bela numa rave no bairro de piedade. A festa foi esplendorosa: muito ecstasy, muita ratinha dando por aí, e Bob passou a noite inteira bebendo, se drogando e trepando muito com sua namoradinha. Até que, às quase cinco da manhã, Bob, depois de tanta farra, desmaia na beira de um córrego. Ao acordar, já sozinho, em plenas nove horas do dia, Bob percebe que está sendo vigiado por um grupo de humanos curiosos que, ao notarem que Bob estava vivo, começaram a gritar incessantemente: "RATO, RATO! MATA!". Bob, longe de casa, com as patas fracas e a cabeça doendo de tanto trepar, pensou: "Me fudi". Saiu-se correndo apavorado, mas já não tinha forças e a multidão de gigantes começava a alcançá-lo. Fora encurralado num círculo, esquivando dos pisões e das vassouras nervosas pelo seu sangue. Urinava de medo e pavor; tentava sair, mas era chutado, pisado, as vassouras tiravam fino de sua cabeça. Eis que um sujeito esperto, desses entregadores de água mineral que andam em bicicletas pensou: "ele não deve escapar do butijão de água". Então, o esperto homem lança no meu do círculo os vinte litros de água que, tragicamente, dilaceram o pobre corpo de Bob; seu sangue, sua urina, suas vísceras compostas na água que se derramou, lavavam lentamente os pés dos carrascos que ali estavam, atônitos com a incrível inteligência do entregador de água. Pobre ratinho: morto no auge da vida. Entre alguams daquelas pessoas, havia uma senhora com vários "bifes" e uma unha encravada que sangrava facilmente. Havia ainda um rapaz que, ao pisar o rato de chinelo, não percebeu que o corte no pé, dádiva de um jogo de bola num campinho há três dias atrás, não havia se fechado por completo. teve a chance de ir no hospital para pontear os ferimentos, mas como é brasileiro, resolveu deixar para depois. E assim, os casos de leptospirose continuaram aumentando. Pobre ratinho. Pobres pessoas, os idiotas da vez.
Vocês já pensaram sobre como o nazi-facismo surgiu?
No mundo dos humanos, havia toda uma agitação em volta da campanha por uma cidade limpa. Certos animais contribuiriam para tanta sujeira e tanta doença. Entre as doenças, em especial, havia o pavor pela leptospirose: doença que se pode pegar através do contato com água contaminada por urina de rato. A efervescência da camapanha atingiria seu auge com a implantação de cartazes pelos ônibus e pontos de ônibus dizendo que era preciso combater a ferro e fogo a leptospirose. O cartaz tinha a foto de um rato enorme e horroroso e dizia: "Leptospirose. Isso precisa morrer". Graças a isso, começou a existir uma imensa perseguição aos ratos e, certo dia, desobedecendo sua mãe, Bob foi encontrar Bela numa rave no bairro de piedade. A festa foi esplendorosa: muito ecstasy, muita ratinha dando por aí, e Bob passou a noite inteira bebendo, se drogando e trepando muito com sua namoradinha. Até que, às quase cinco da manhã, Bob, depois de tanta farra, desmaia na beira de um córrego. Ao acordar, já sozinho, em plenas nove horas do dia, Bob percebe que está sendo vigiado por um grupo de humanos curiosos que, ao notarem que Bob estava vivo, começaram a gritar incessantemente: "RATO, RATO! MATA!". Bob, longe de casa, com as patas fracas e a cabeça doendo de tanto trepar, pensou: "Me fudi". Saiu-se correndo apavorado, mas já não tinha forças e a multidão de gigantes começava a alcançá-lo. Fora encurralado num círculo, esquivando dos pisões e das vassouras nervosas pelo seu sangue. Urinava de medo e pavor; tentava sair, mas era chutado, pisado, as vassouras tiravam fino de sua cabeça. Eis que um sujeito esperto, desses entregadores de água mineral que andam em bicicletas pensou: "ele não deve escapar do butijão de água". Então, o esperto homem lança no meu do círculo os vinte litros de água que, tragicamente, dilaceram o pobre corpo de Bob; seu sangue, sua urina, suas vísceras compostas na água que se derramou, lavavam lentamente os pés dos carrascos que ali estavam, atônitos com a incrível inteligência do entregador de água. Pobre ratinho: morto no auge da vida. Entre alguams daquelas pessoas, havia uma senhora com vários "bifes" e uma unha encravada que sangrava facilmente. Havia ainda um rapaz que, ao pisar o rato de chinelo, não percebeu que o corte no pé, dádiva de um jogo de bola num campinho há três dias atrás, não havia se fechado por completo. teve a chance de ir no hospital para pontear os ferimentos, mas como é brasileiro, resolveu deixar para depois. E assim, os casos de leptospirose continuaram aumentando. Pobre ratinho. Pobres pessoas, os idiotas da vez.
Vocês já pensaram sobre como o nazi-facismo surgiu?
terça-feira, 17 de julho de 2007
sábado, 14 de julho de 2007
Desculpas
Devo me desculpar com meus medos e minhas inseguranças publicamente: eu não estou só nesse mundo.
E só. ;D
E só. ;D
Dia Bom
Bom dia! hoje e sempre. Dia bom. Agradeço ao meu amigo marcos por essa reflexão. Agradeço às pessoas que sabem fazer de um desejo a realidade mais sutil.
Ao dia:
É realmente fantástico o que o corpo humano pode fazer. Como se salta, se joga no chão, se faz mortais-carpados-de-não-sei-o-quê... Parece uma voz que diz "olha o que você pode fazer se acreditar". Ah, este é um texto sem rococózices rebuscadas ou coisa que o valha. Mas é magnífico o que fazem na ginástica, nos esportes, nas artes marciais. É tão bom saber que ao corpo humano não resta apenas rebolar a bunda com "é o tchan", ou fazer sinal do capeta num show de heavy metal(embora isso seja divertido =P); quem dirá os bregas, os pseudo-forrós quem mostram um bando de calcinhas voadoras ao palco: nós não somos apenas isso.
Não somos só os donos das tecnologias rococós(obrigado por me ensinar esta palavra, diego!), mas também , mesmo que de forma seleta e pouco publicada, donos de tradições brilhantes(ou será que a ela nós pertencemos?). Seja a ginástica que certamente recebe ajuda da tecnologia, seja o kung fu shao lin. Alguém acredita que um monge shao lin, com menos de 1,70m, magro, enfia uma lança na barriga, sobe em cima dela e fica rodando? O mesmo monge resiste a seis lanças, que partem-se quando os "agressores" tentam perfurá-lo. Isso, meus amigos, também é humano. Não deixemos que a comodidade da tecnologia nos amoleça, nos deixe desprotegidos. Somos nós que fabricamos a tecnologia.
Quem duvida do que somos capazes de fazer?
Hoje eu conheci uma pessoa que, mais uma vez, me libertou desse falso mundo de normalidade, de indústria cultural e mídia(mérdia), e ciência capitalista acima de tudo. Alguém acredita que em piedade/candeias se faz jazz, blues, mpb, bossa-nova, rock com uma qualidade digna de ser apreciada em todo o mundo? Alguém acredita que George Benson se julgou indigno de escrever seu nome na guitarra de um jovem de 26 anos pois presumiu que este jovem tocava "melhor" que ele?
Deus não precisa de apóstolos, ou profetas. Está tudo aqui. Bastar ver e sentir.
Ao dia:
É realmente fantástico o que o corpo humano pode fazer. Como se salta, se joga no chão, se faz mortais-carpados-de-não-sei-o-quê... Parece uma voz que diz "olha o que você pode fazer se acreditar". Ah, este é um texto sem rococózices rebuscadas ou coisa que o valha. Mas é magnífico o que fazem na ginástica, nos esportes, nas artes marciais. É tão bom saber que ao corpo humano não resta apenas rebolar a bunda com "é o tchan", ou fazer sinal do capeta num show de heavy metal(embora isso seja divertido =P); quem dirá os bregas, os pseudo-forrós quem mostram um bando de calcinhas voadoras ao palco: nós não somos apenas isso.
Não somos só os donos das tecnologias rococós(obrigado por me ensinar esta palavra, diego!), mas também , mesmo que de forma seleta e pouco publicada, donos de tradições brilhantes(ou será que a ela nós pertencemos?). Seja a ginástica que certamente recebe ajuda da tecnologia, seja o kung fu shao lin. Alguém acredita que um monge shao lin, com menos de 1,70m, magro, enfia uma lança na barriga, sobe em cima dela e fica rodando? O mesmo monge resiste a seis lanças, que partem-se quando os "agressores" tentam perfurá-lo. Isso, meus amigos, também é humano. Não deixemos que a comodidade da tecnologia nos amoleça, nos deixe desprotegidos. Somos nós que fabricamos a tecnologia.
Quem duvida do que somos capazes de fazer?
Hoje eu conheci uma pessoa que, mais uma vez, me libertou desse falso mundo de normalidade, de indústria cultural e mídia(mérdia), e ciência capitalista acima de tudo. Alguém acredita que em piedade/candeias se faz jazz, blues, mpb, bossa-nova, rock com uma qualidade digna de ser apreciada em todo o mundo? Alguém acredita que George Benson se julgou indigno de escrever seu nome na guitarra de um jovem de 26 anos pois presumiu que este jovem tocava "melhor" que ele?
Deus não precisa de apóstolos, ou profetas. Está tudo aqui. Bastar ver e sentir.
sexta-feira, 13 de julho de 2007
Medo e Democracia
"Provisoriamente não cantaremos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços, não cantaremos o ódio porque esse não existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro, o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos, o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas, cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte, depois morreremos de medo e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas." - Drummond de Andrade
Ontem, ao entrar no ônibus que me levaria da universidade para casa, percebi algo singular: havia alguns torcedores de futebol; pessoas com uma aparência "suja", um linguajar "de favela" e uma postura que intimidaria boa parte dos "intelectualistas rococó" que frequentam universidades país a fora. Os torcedores, negros e "pardos", gritavam, "tiravam onda", com as pessoas que passavam na rua. Eu passei e me sentei entre eles, atrás do ônibus. Alguns deles disseram "boa noite, legal." O que posso dizer do resto ds pessoas que entraram comigo na parada é que elas se amontoaram na parte da frente do ônibus, antes da catraca. O que eles tinham de comum; o casal de namorados, os homens fortes, as senhoras: medo. Ao perceberem tal acúmulo de passageiros na parte designada a deficientes físicos, os torcedores aumentaram o tom das brincadeiras. Enquanto o cobrador conversava com uma garota, eles "zoavam" :" tá namorando, cobrador?" Uma senhora pediu parada e disse que ia descer de qualquer jeito. Não deu explicação ao motorista e sequer deu ouvidos ao cobrador, que disse-lhe :"os meninos são limpeza." Enfim, quando todos os torcedores desceram, aquele bolo de gente pagou e passou pela catraca. Alguns conhecidos perguntaram-me: "como vc teve coragem?". Outro, um quee stava com a namorada, enfatizou que é melhor ter cautela com esse tipo de gente. A namorada disse-me: "se você uma vez quase se afoga no mar, e percebe que hoje o mar está revolto, você vai entrar no mar?" Ambos negaram quando o que eu disse que eles sentiram foi medo. O cobrador disse "Sim" quando eu perguntei se os torcedores pagaram a passagem do ônibus. Curioso.
Hoje, ao perceber o trânsito lento que havia no bairro ipsep, o motorista do ôbinus, aparentemente cansado, quis cortar caminho para chegar mais rápido no terminal. Perguntou aos passageiros:"alguém vai descer no ipsep?" . Ninguém respondeu, e quandp ele estava quase passando da entrada, dois ou três se manifestaram:" vai descer no ipsep!". Se ninguém fosse descer no ipsep, eu poderia me sentir feliz de chegarem casa mais rápido, caso eu não me colocasse na pele das pessoas que estariam esperando aquele ônibus no bairro. de fato, subiram 10 pessoas ao longo do ipsep. O que aconteceria a essas pessoas, ou melhor, quantos minutos elas esperariam até outro ônibus passar? "democracia? alô?"
Ontem, ao entrar no ônibus que me levaria da universidade para casa, percebi algo singular: havia alguns torcedores de futebol; pessoas com uma aparência "suja", um linguajar "de favela" e uma postura que intimidaria boa parte dos "intelectualistas rococó" que frequentam universidades país a fora. Os torcedores, negros e "pardos", gritavam, "tiravam onda", com as pessoas que passavam na rua. Eu passei e me sentei entre eles, atrás do ônibus. Alguns deles disseram "boa noite, legal." O que posso dizer do resto ds pessoas que entraram comigo na parada é que elas se amontoaram na parte da frente do ônibus, antes da catraca. O que eles tinham de comum; o casal de namorados, os homens fortes, as senhoras: medo. Ao perceberem tal acúmulo de passageiros na parte designada a deficientes físicos, os torcedores aumentaram o tom das brincadeiras. Enquanto o cobrador conversava com uma garota, eles "zoavam" :" tá namorando, cobrador?" Uma senhora pediu parada e disse que ia descer de qualquer jeito. Não deu explicação ao motorista e sequer deu ouvidos ao cobrador, que disse-lhe :"os meninos são limpeza." Enfim, quando todos os torcedores desceram, aquele bolo de gente pagou e passou pela catraca. Alguns conhecidos perguntaram-me: "como vc teve coragem?". Outro, um quee stava com a namorada, enfatizou que é melhor ter cautela com esse tipo de gente. A namorada disse-me: "se você uma vez quase se afoga no mar, e percebe que hoje o mar está revolto, você vai entrar no mar?" Ambos negaram quando o que eu disse que eles sentiram foi medo. O cobrador disse "Sim" quando eu perguntei se os torcedores pagaram a passagem do ônibus. Curioso.
Hoje, ao perceber o trânsito lento que havia no bairro ipsep, o motorista do ôbinus, aparentemente cansado, quis cortar caminho para chegar mais rápido no terminal. Perguntou aos passageiros:"alguém vai descer no ipsep?" . Ninguém respondeu, e quandp ele estava quase passando da entrada, dois ou três se manifestaram:" vai descer no ipsep!". Se ninguém fosse descer no ipsep, eu poderia me sentir feliz de chegarem casa mais rápido, caso eu não me colocasse na pele das pessoas que estariam esperando aquele ônibus no bairro. de fato, subiram 10 pessoas ao longo do ipsep. O que aconteceria a essas pessoas, ou melhor, quantos minutos elas esperariam até outro ônibus passar? "democracia? alô?"
quinta-feira, 12 de julho de 2007
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