quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Toda afirmação consistente de que o mundo é, faz ou deixa de fazer parece absurda. Posso descrever um fenômeno a partir de signos. Lanço ao chão um copo de vidro. Ele pode cair, abraçar o solo e partir em vários pedaços. Seus estilhaços podem voar no meu pé e cortá-lo. Eu posso sangrar, e este sangue pode ser vermelho. Aqui. Sangue humano costuma ser vermelho. Sim. Nós aprendemos isto de formas variadas. Levando cortes ou vendo outros sangrar. Nas primeiras aulas de biologia, que vão explicar a vermelhidão do sangue e fazê-la justificável. As minhas chaves não quebram quando eu as atiro ao chão de concreto. Não importa a força com a qual as arremesso. Elas são de metal. E metal, a certas condições ambientais, não quebra ou esfarela. Às vezes se pensa nisso. Noutras, pouco importa. Uma caneta, um lápis, uma pasta de dente, um vidro de perfume. O chão. O ar, o tempo, a rua, o almoço, a casa, o calor e a morte. Às vezes pensamos nisso. Noutras... Ops!
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2 comentários:
bravadarte. olho de lince, dedos de donzela. "na corte do rei X, um grupo de sábios ia de cidade em cidade (...)"
=p Prazer!
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