quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ar fresco

Me estranha o fato de às vezes eu não ser capaz de perceber que respiro. Como é possível alguém não perceber tal coisa? Pois tente passar um tempo embaixo d'água, pra ver o que você consegue.
Quer dizer, às vezes a gente faz tanta coisa importante na nossa vida, sem sequer nos dar conta. Como você se sentiria se soubesse estar fazendo as coisas mais importantes da sua vida por um looongo tempo, sem ao menos saber quão importantes essas coisas são?
Não seria como se você pudesse aproveitar todo esse tempo; de antes de você entender como eram ou são importantes as coisas que você fez ou faz.
Imagina uma pessoa passar a vida inteira sem perceber que respira. Sem atentar para a profunda realidade que há neste fato: necessitamos.
Quantos de nós sabem realmente o que necessitamos? Além do ar. Isso é só o começo.
O que nos completa tão solenemente, ao ponto de nos fazer cessar o desejo?
O que nos falta, tanto que nos faz perder tudo por alguma coisa?

Que seja: resolvi dar um tempo das Grandes Perguntas.
Como é simples tudo isso.
Pode parecer estranho, mas a pura percepção de que respiro tem-me feito respirar muito melhor.

3 comentários:

Unknown disse...

Gostei muito! Me fez pensar sobre muitas coisas...

Tamires disse...

"Pode parecer estranho, mas a pura percepção de que respiro tem-me feito respirar muito melhor."
é estranho não. é perfeito.
são essas coisas simples que fazem a gente ser mais feliz rsss
tu sabe msm do tp de texto que eu gosto. adorei, viu?
saudade de tu ;***

Natália Araújo disse...

Resolvi dar uma "espiada" no seu blog e gostei muito deste texto... Quantas vezes agimos sem nos darmos conta porque tomamos tal atitude? Quantas coisas necessitamos e não buscamos e quantas nos são inúteis? Quantas vezes nos inquietamos,querendo a resposta pra tudo? Belas reflexões. E você soube concluir bem, com o trecho "Pode parecer estranho, mas a pura percepção de que respiro tem-me feito respirar muito melhor." Precisamos de tão pouco pra viver que nem nos damos conta. Belo texto!