eu diria que o som do silêncio é sagrado. mas não o silêncio, e sim o som.
me parece que o vilão da história não é o silêncio, mas aqueles que "don't dare disturb it". o silêncio, em si, tem seu som, não nos impede de "falar".
bom, me permita (permissão pedida um pouco tarde demais, mas enfim...) viajar um pouco pra tentar interpretar a música (desculpa se eu falar bobagem, costumo ter problemas pra interpretar o óbvio, às vezes...
fechados em nós mesmos, em nossos próprios mundos, alheios ao mundo que nos cerca, nos confinamos em uma escuridão silenciosa, fria, isolada, avulsa...
nessa escuridão, muitas vezes recusamos as palavras, a mão dos outros... com medo de quebrá-lo, sucumbimos perante nosso próprio silêncio.
mas para conviver com essa escuridão nem sempre é realmente preciso quebrar o silêncio, mas ouvi-lo, ouvir seus sons, porque é no silêncio, no som do silêncio, que conversamos conosco mesmos. e no som do silêncio também vivemos amizades, quando as deixamos sussurrar suas palavras.
não devemos temer o silêncio e a escuridão e sucumbir perante eles. devemos conversar com eles, ouvi-los, pois ele têm muito a nos dizer, ensinar, confortar...
(nhaaa, velho... acho que eu viajei demais... =P )
Você viajou o necessário pra compreender o mais importante da música, velho. ^^
"hello, darkness, my old friend".
"... ten thousand people, maybe more. People talking..."
Isso é a solidão de uma multidão. "FOOLS!"
As pessoas adorando o Deus de neon que elas criaram...
As pessoas conversando palavras vazias. As pessoas guardando suas composições para si. É o barulho de uma praça de alimentação, de um ônibus cheio de gente falando ao mesmo tempo. Uma hora ou outra, eles se calam. Uma hora ou outra, eles olham dentro de si mesmos e sentem um breve desconforto, contornado pelo prosseguimento das conversas. Esse desconforto, às vezes, é o máximo de verdade que algumas podem dizer. As razões disso são quase inumeráveis. Mas tem a ver com tudo que já foi discutido nese blog e no blog da minha namorada. Isso tá cada vez mais concreto. Mais do que na época em que a música foi escrita.
"But my words, like a silent raindrops felt..."
Vocês alguma vez já perceberam quando, ao redor de muitas pessoas, de repente, um sentimento de confusão e vazio toma o estômago? Isso acontece comigo. Vocês escutaram? Vocês conseguiram entender? E o que vocês esão me dizendo? O quê?
Acontece comigo também... Em meio a um monte de gente "conversando", às vezes eu paro, olho prum lado, olho pro outro, de repente tudo pára de fazer sentido, parece tudo só um monte de palavras atiradas de um lado a outro e eu no meio do fogo cruzado, feito cego em tiroteio.
Nisso que dá ficar tentando achar significado nas conversas que a maioria das pessoas, "FOOLS", têm, estes dias...
Como disse o House (médico de uma série (House =P )), "that's just the cancer talking".
Olha... acho que uma das grandes cruzes (não que seja obrigatoriamente ruim) que o ser humano tem que carregar é o esquecimento. Nosso espírito não esquece, mas nós esquecemos.
Como diz uma música da Rita Lee, letra do Arnaldo Antunes, e que eu pretendo postar futuramente no meu blog (empolguei com isso de postar música, depois que dona Prussiana me ensinou a postar vídeos =P ):
"Aonde quer que eu vá Levo em mim o meu passado E um tanto quanto do meu fim Todos os instantes que vivi Estão aqui Os que me lembro e os que esqueci..."
Quem sou eu pra contradizer você (foi você que escrever essa "foto" aí?) e Arnaldo Antunes...? ;p Mesmo porque eu concordo... O esquecimento faz parte de nós.
Bendito maldito poeta, o verdadeiro poeta, aquele que não esquece o esquecimento, e, por conseguinte (adoro usar essa palavra haha =P ), não esquece de uma daquelas coisas que nos faz mais humanos. Bendito maldito poeta, que, lembrando do esquecimento, poetiza com maior perfeição essa nossa humanidade.
=P é verdade. People talking without speaking. People hearing without listening.
Mas isso não é tudo. Isso é justamente uma das fraquezas que há na fragmentação humana em diferentes aspectos classificatórios. Uma salva de palmas à ciência ingênua.
Isso é injusto. Eu estou a ponto de prestar vestibular e a coisa está esquentando, está num compasso mais acelerado de etapa final e por isso eu não posso estar aqui a tempo. Foi malz!
A música é linda! E o mais barato é que eu achei que ela falava bem sobre o silêncio das pessoas. "Pessoas conversando sem estar falando, pessoas ouvindo sem estar escutando". Eu achei que isso fosse um tipo de conexão acima das palavras, na qual não se precisa falar nem ouvir para se comunicar! Hahaha. É mais fácil pensar assim! ^^
É realmente mais fácil pensar assim. Até por que certos barulhos, como os de uma pessoa reclamando, nos soam incômodos. Poré, mais incômodo é o barulho vazio, e é disso que eles falam. Euconheço essa música ha anos mas minha primeira impressão foi a mesma que a de vocês dois. ^^
E, meu bem, eu sei que é difícil ter tempo, mas é difícil também sentir a sua falta aqui. Sua presença importa muito, você sabe. Mas você também sabe... O que eu te disse no email que você não deve ter tido tempo de ler ainda e no telefone uns dias atrás. ;D
Escritas nas paredes do metro... de varios anos atras xDDD Pessoas falando sem dizer uma palavra, ouvir sem ao menos escutar... isso pra mim eh um bando de E.T. conversando xDDD ( Preciso parar de pensar em Starcraft 2 >__< xD ) Eh, musica razoavel, comentario razoavel xDD o/
“A ação não pode mover-se no irreal. Uma mente nasce para especular ou para sonhar, admito, deve permanecer fora da realidade, deve deformar ou transformar o real, talvez até criá-lo – como criamos figuras de homens e animais que nossa imaginação recorta das nuvens que passam. Mas um intelecto que dobra o ato a ser atuado e a reação que se segue, sentindo seu objeto enquanto capta sua impressão de movimento a cada instante, é um intelecto que toca algo do absoluto” Bergson, A Evolução Criadora. p. 11
EU SOU
"... Eu não sou o resultado ou o entrecruzamento de múltiplas causalidades que determinam meu corpo ou meu psiquismo. Eu não posso pensar-me como um parte do mundo, como o simples objeto da biologia, da psicologia e da sociologia, nem fechar sobre mim o universo da ciência(...) A ciência não tem e não terá jamais o mesmo sentido de ser que o mundo percebido, pela simples razão de que ela é uma determinação ou uma explicação dele. Eu não sou um "ser vivo", ou mesmo um "homem", ou mesmo uma "consciência", com todos os caracteres que a zoologia, a anatomia social ou a psicologia indutiva reconhecem a esses produtos da natureza ou da história - eu sou a fonte absoluta..."
Maurice Merleau-Ponty - Fenomenologia da Percepção.
28 comentários:
*super suspiro"
Simon and Garfunkel. tuuudo de bom ;))
e genial. tão genial que me atrasou pra escola =P de tarde eu comento direito. ;D
lol ;D
vou esperar seu comentário!
E vou pra aula agora =P
the sound of silence...
eu diria que o som do silêncio é sagrado. mas não o silêncio, e sim o som.
me parece que o vilão da história não é o silêncio, mas aqueles que "don't dare disturb it". o silêncio, em si, tem seu som, não nos impede de "falar".
bom, me permita (permissão pedida um pouco tarde demais, mas enfim...) viajar um pouco pra tentar interpretar a música (desculpa se eu falar bobagem, costumo ter problemas pra interpretar o óbvio, às vezes...
fechados em nós mesmos, em nossos próprios mundos, alheios ao mundo que nos cerca, nos confinamos em uma escuridão silenciosa, fria, isolada, avulsa...
nessa escuridão, muitas vezes recusamos as palavras, a mão dos outros... com medo de quebrá-lo, sucumbimos perante nosso próprio silêncio.
mas para conviver com essa escuridão nem sempre é realmente preciso quebrar o silêncio, mas ouvi-lo, ouvir seus sons, porque é no silêncio, no som do silêncio, que conversamos conosco mesmos. e no som do silêncio também vivemos amizades, quando as deixamos sussurrar suas palavras.
não devemos temer o silêncio e a escuridão e sucumbir perante eles. devemos conversar com eles, ouvi-los, pois ele têm muito a nos dizer, ensinar, confortar...
(nhaaa, velho... acho que eu viajei demais... =P )
Você viajou o necessário pra compreender o mais importante da música, velho. ^^
"hello, darkness, my old friend".
"... ten thousand people, maybe more. People talking..."
Isso é a solidão de uma multidão. "FOOLS!"
As pessoas adorando o Deus de neon que elas criaram...
As pessoas conversando palavras vazias. As pessoas guardando suas composições para si. É o barulho de uma praça de alimentação, de um ônibus cheio de gente falando ao mesmo tempo. Uma hora ou outra, eles se calam. Uma hora ou outra, eles olham dentro de si mesmos e sentem um breve desconforto, contornado pelo prosseguimento das conversas. Esse desconforto, às vezes, é o máximo de verdade que algumas podem dizer. As razões disso são quase inumeráveis. Mas tem a ver com tudo que já foi discutido nese blog e no blog da minha namorada. Isso tá cada vez mais concreto. Mais do que na época em que a música foi escrita.
"But my words, like a silent raindrops felt..."
Vocês alguma vez já perceberam quando, ao redor de muitas pessoas, de repente, um sentimento de confusão e vazio toma o estômago? Isso acontece comigo. Vocês escutaram? Vocês conseguiram entender? E o que vocês esão me dizendo? O quê?
...
^^
Acontece comigo também... Em meio a um monte de gente "conversando", às vezes eu paro, olho prum lado, olho pro outro, de repente tudo pára de fazer sentido, parece tudo só um monte de palavras atiradas de um lado a outro e eu no meio do fogo cruzado, feito cego em tiroteio.
Nisso que dá ficar tentando achar significado nas conversas que a maioria das pessoas, "FOOLS", têm, estes dias...
Como disse o House (médico de uma série (House =P )), "that's just the cancer talking".
hahahah =P ^^
Minha amiga Amanda achou o maior barato a gente viajando aqui na música. ^^
Rapha!
tu lembrou por causa da música de igreja no meu cel?
eu adoro essa música, sabia? é sim!
meu lugar novo é www.lisaviajante.blogspot.com
e o antigo, guardado mais dentro do peito, mas meio abandonado é
poemastardios.blogspot.com
aaah, a última vez que tinha vindo foi qdo "perhaps love". achei tão lindo. fiquei ouvindoecantandoevouvindoecantando...
ai aieamw...
=***
te amo
lol ;D vai voltar a escrever! ^^
Marquitos, fale pra sua amiga Amanda que ela é muito bem-vinda para comentar. Eu já escuto coisas muito boas sobre ela, inclusive. ;D
Só uma curiosidade: em Portugal, eles chamam o metrô de "metro"! =DDD
Beijos!
Ela vai ficar toda feliz ;)~
hahaha ;D
Boa, Déa!
Vc agora é nossa blogueira que nos fala direto de Lisboa. Transmissão internacional. ^^
Nossa, que chique! ^^
Doc, finalmente, sua "foto" nova. =P
Olha... acho que uma das grandes cruzes (não que seja obrigatoriamente ruim) que o ser humano tem que carregar é o esquecimento. Nosso espírito não esquece, mas nós esquecemos.
Como diz uma música da Rita Lee, letra do Arnaldo Antunes, e que eu pretendo postar futuramente no meu blog (empolguei com isso de postar música, depois que dona Prussiana me ensinou a postar vídeos =P ):
"Aonde quer que eu vá
Levo em mim o meu passado
E um tanto quanto do meu fim
Todos os instantes que vivi
Estão aqui
Os que me lembro e os que esqueci..."
Quem sou eu pra contradizer você (foi você que escrever essa "foto" aí?) e Arnaldo Antunes...? ;p Mesmo porque eu concordo... O esquecimento faz parte de nós.
Bendito maldito poeta, o verdadeiro poeta, aquele que não esquece o esquecimento, e, por conseguinte (adoro usar essa palavra haha =P ), não esquece de uma daquelas coisas que nos faz mais humanos. Bendito maldito poeta, que, lembrando do esquecimento, poetiza com maior perfeição essa nossa humanidade.
Hê, ficou bunitinho. ;D
=P
Ficou ;D nossa, que lisonjeiro ^^
Por falar em prussiana, ela nem deu os ares por aqui. =/
E esse papo sobre o esquecimento é um grande desabafo. às vezes é uma coisa que me incomoda tanto, mas tanto, que me dá vontade de chorar. ^^
Entendo isso... vontade de chorar... *suspiro grogue*
Pode chorar. Mas não deixa esse esquecimento te pôr triste não... é normal... ;)
(Se cê olhar bem, esse post somos basicamente nós dois (aqui no Brasil, pelo menos; não quero desprezar a participação da Andréa ^^ ))
*ah, e o C ali em cima também. =P
é A C. Minha amiga cacá ^^
ah, desculpa, Cacá. =P
Hello, Rapha, my old friend...
essa música dói tanto!
"people writing songs that voices never share..."
=P é verdade. People talking without speaking. People hearing without listening.
Mas isso não é tudo. Isso é justamente uma das fraquezas que há na fragmentação humana em diferentes aspectos classificatórios. Uma salva de palmas à ciência ingênua.
;*
Isso é injusto. Eu estou a ponto de prestar vestibular e a coisa está esquentando, está num compasso mais acelerado de etapa final e por isso eu não posso estar aqui a tempo. Foi malz!
A música é linda! E o mais barato é que eu achei que ela falava bem sobre o silêncio das pessoas. "Pessoas conversando sem estar falando, pessoas ouvindo sem estar escutando". Eu achei que isso fosse um tipo de conexão acima das palavras, na qual não se precisa falar nem ouvir para se comunicar! Hahaha. É mais fácil pensar assim! ^^
Essa foi a primeira interpretação que me veio a mente. ^^
É realmente mais fácil pensar assim. Até por que certos barulhos, como os de uma pessoa reclamando, nos soam incômodos. Poré, mais incômodo é o barulho vazio, e é disso que eles falam. Euconheço essa música ha anos mas minha primeira impressão foi a mesma que a de vocês dois. ^^
E, meu bem, eu sei que é difícil ter tempo, mas é difícil também sentir a sua falta aqui. Sua presença importa muito, você sabe. Mas você também sabe... O que eu te disse no email que você não deve ter tido tempo de ler ainda e no telefone uns dias atrás. ;D
;*
Escritas nas paredes do metro... de varios anos atras xDDD
Pessoas falando sem dizer uma palavra, ouvir sem ao menos escutar... isso pra mim eh um bando de E.T. conversando xDDD
( Preciso parar de pensar em Starcraft 2 >__< xD )
Eh, musica razoavel, comentario razoavel xDD
o/
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