Menina do gelo, estás desperta como eu na madrugada?
No que pensas? O que sentes?Menina do gelo, fazes o verão mais gelado.
Teus movimentos sob o sol me acumulam calafrios.
Será que a memória da desgraça é triunfante,
Ou guardas comigo doces lembranças?
Mas agora tudo é frio e sem sentido.
Menina do gelo, onde está você?
Com quem devo brincar agora de números avulsos?
Não posso ser nada além do desejo
De te ver mais uma vez.
Sorrisos e toques,
Bocas encantadas com o mistério do óbvio...
Vives no que respiro, minha menina;
Estás nesta folha maculada por mim. És como ela, maculada por mim.
És como a saudade – o gelo da ausência.