Que me faltem palavras neste dia quente.
O que o coração toca, a alma sente:
Desvairados sonhos no presente:
Como nuvem passeando
Num céu que vem dos olhos.
Hoje é a sensação, a confusão de um gozo,
A luz e a treva a trocar máscaras de ilusão.
O rio que corta a terra sou eu.
Doces memórias do que não cessa de acontecer:
Doce porvir da inalterância;
O intransponível, o indizível, o incontemplável:
É quem possui meu coração, quem minha alma sente.
É a imensidão da vida latente;
Tamanha é a força criadora
Que essas palavras maldizem.
O homem é como a água doce:
Nasce da terra e do céu,
Desce das montanhas,
Cresce em seu caminho
E desaparece como brisa no vento,
Como o rio no mar.
À morte, brindemos.
sábado, 19 de dezembro de 2009
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