Em quase tudo, queria ser eterno.
No sabor da água, no fluir do vento.
No coração de alguém, ou em mim mesmo.
Mas...
Corações não são eternos.
Cessam de pulsar
quando a vida bem quer.
Também morre a língua;
o tato, o olhar brilhante.
A estrela cadente que reincide
na história perecível
dos segundos da existência.
Desejo a eternidade que não pode
ser sentida.
Das outras, abro mão com olhos incandescentes.
Pois que se a carne e os sentidos não forem infinitos,
jamais será eterna a minha própria dor.
[chocolate sabor pimenta nos olhos]
by Raphael.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
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